sábado, 24 de maio de 2008

O tibete luta por liberdade

Roberta K. Stein – 5C2
Por mais que a China diga que os tibetanos têm completa liberdade religiosa e cultural, isso não é o que se vê atualmente. O Tibete permanece sob ocupação da China há mas de 40 anos. E sob forte influência do regime comunista, os direitos humanos, a cultura e o credo dos tibetanos correm risco de se extinguirem, pois há mais chineses que tibetanos vivendo no Tibete. O líder político e espiritual, o Dali Lama, mesmo exilado continua lutando para libertar sua nação do domínio dos chineses. De forma pacífica e com o mesmo carisma, o líder tenta controlar seu povo, pedindo mais equilíbrio.

Os protestos tibetanos contra a repressão chinesa, iniciados no dia 10 de março deste ano, influenciaram as manifestações ao longo da rota do revezamento da tocha olímpica. A primeira semana da passagem da tocha foi marcada por protestos. Em Londres mais de 30 pessoas foram detidas, ao tentarem derrubar a tocha nas ruas. Nos Estados Unidos três manifestantes levantaram bandeiras em defesa do Tibete. Enfim, por qualquer lugar que a chama passar, vai haver manifestações em defesa do povo tibetano.

Para a China, as Olimpíadas é uma grande oportunidade de mostrar ao mundo sua capacidade de organizar um evento global. E se o governo chinês pretende aproveitar essa chance, não vai ser agredindo, espancando ou aprisionando monges, ou então interferindo na cultura e na religião do povo tibetano, que ele vai conseguir. A China tem um grande histórico de desrespeito aos direitos humanos, e os tibetanos não estão mais dispostos a viver sobre forte opressão. Devem continuar lutando, pois para o povo tibetano, os direitos humanos são mais sagrados do que a chama Olímpica.

Justiça seja feita

Roberta K. Stein – 5C2
No dia 29 de março uma historia de vida foi abalada. A menina Isabella de apenas cinco anos foi encontrada morta sobre o gramado do prédio onde o pai, Alexandre Nardoni e a madrasta, Anna Carolina Jatobá moravam. No dia seguinte, todos os meios de comunicação do país, estavam noticiando mais um crime bárbaro contra os pequenos inocentes. Já não bastava a triste noticia da criança que foi jogada do sexto andar do prédio, outro fato marcante foi o de que, os principais suspeitos eram o pai e a madrasta de Isabella. Eles negam a autoria do crime e afirmam a qualquer custo, que existe uma terceira pessoa envolvida e a mesma é a responsável pela morte da criança.

Foram mais de 60 pessoas ouvidas em depoimentos e vários exames realizados para que fosse encontrado algum vestígio do assassino. Os laudos apontaram que havia marcas no pescoço da menina, que foram provocados pela madrasta Anna Carolina, sangue pela casa e no carro do pai, que era de Isabella e pegadas do pai na cama do quarto de onde a criança foi jogada. Enfim, depois de tantos exames, depoimentos e averiguações a polícia finalmente decretou no final da tarde do dia 07 de maio, o pedido de prisão preventiva do casal, após 39 dias do crime. Tamanha foi a crueldade que fizeram a esta criança. Com certeza, muitas pessoas, ainda tinham esperanças de que a policia conseguiria provar a existencia de uma outra pessoa como assassino e que inocentasse o pai e a madrasta de tanta covardia.

Agora, não adianta mais tentar impressionar segurando um terço na mão, ou dar entrevistas chorando lagrimas de crocodilo, e muito menos reclamar de como foram tratados até agora e como vão ser daqui para frente. A certeza que se tem é do crime cometido e alguém tem que pagar por ele, e que com isso, o sorriso da menina Isabella nunca mais será visto, apenas por fotos e vídeos da família. Subtende-se que as pessoas mais importantes na vida e na criação de uma criança são os pais, é deles a tarefa de educar e proteger os filhos. Mas para isso, os pais precisam ter moral, sensibilidade e compaixão humana, e isso, com certeza eles não possuem. Ainda bem que o juiz também conseguiu interpretar dessa forma.

Por hoje, basta!

Roberta K. Stein – 5ºC2
De quem é a culpa nesta história?
Dengue. Todos os dias são mais de 40 pacientes, em meio a tantos outros com outros problemas, que procuram por assistência médica. Esse é o número de atendimento no Pronto Socorro de Carapina, uma média de 200 pacientes por semana, com suspeita de dengue. A cada minuto é um novo caso, só em Vitoria foram registrados 446 casos, entre os meses de janeiro e março deste ano e em Vila Velha já foram 502, com 24 casos confirmados e um óbito por dengue hemorrágica.

Então, de quem é a culpa?
Da população ou da saúde publica? Que a saúde pública deixa a desejar, isso é inegável, mas será que a população está ajudando no combate a essa praga? E se fizermos um teste, indo de casa em casa? Encontraremos algum foco do mosquito? São tantas as perguntas em relação à população, e porque então, só culpar a saúde publica?

Através de um simples ato seria possível evitar todos esses transtornos. Não é mais nenhuma novidade. São procedimentos tão simples, como: eliminar a água parada de vasinhos de plantas, pneus e garrafas, mas as pessoas só vão agir quando a doença vira notícia, quando fica estampado nos noticiários o aumento dos casos de vítimas fatais. Não adianta colocar a culpa dessa grande tragédia só no governo, nas prefeituras. A população tem sua grande parcela de culpa, para qualquer lado que olharmos, encontraremos lixos, entulhos, possíveis focos. O poder público necessita da parceria da população para que o trabalho tenha resultado positivo.

São filas e mais filas em postos de saúde e em hospitais públicos e particulares. A procura de assistência médica triplicou. Tudo isso poderia ser evitado, caso a população tivesse mais responsabilidade. Mas de que adianta cuidar somente hoje? E amanha? O que tem que ser feito é um combate intenso hoje e sempre, tanto dos agentes ambientais, quanto dos moradores, pois não há duvida de que a dengue seja um dos grandes problemas da saúde pública brasileira no momento.

Não adianta colocar nas ruas: o exército, os guias cívicos que trabalharam no Jogos Pan-americano do Rio de Janeiro, triplicar o número de agentes e se formarem grandes mutirões de moradores, se muitos não estão se preocupando nem com as próprias vidas, quanto mais com a dos outros. Hoje é a dengue que está em foco no Brasil, mas já foi a Febre Amarela que também é transmitida pelo mesmo mosquito e que causou alguns transtornos no começo deste ano.

Espera-se que depois de tantas perdas e tanta dor a população tenha mais educação, solidariedade e companheirismo. Não adianta a prefeitura agir, mover mundos e fundos, se o povo que é o mais interessado neste assunto, não se conscientizar e fizer a sua parte.

domingo, 20 de abril de 2008

Ao querido “brother” e companheiro Luiz

Roberta Krohling
Mais conhecido e gentilmente apelidado por “Lula”, como de costume na casa.
Espero que esta chegue a tempo em suas mãos, pois tenho que te avisar, não seria justo com sua pessoa. Talvez ainda não saiba, mas vivemos numa casa igual a do “Big Brother Brasil”, maior do que aquela mostrada pela TV, uma big mega casa. Somos vigiados 24 horas e não adianta chorar, nada escapa das câmeras, tudo é mostrado, o que queremos e o que não queremos. Devemos então tomar certos, ou muitos cuidados.

Talvez ainda não esteja acostumado, mesmo esse sendo o seu segundo reinado, afinal, você já afirmou várias vezes não saber de várias coisas que acontecem bem na frente do seu nariz, desculpe a franqueza. Existem pessoas falsas, em quem não podemos confiar. Eu acho. Não tenho provas. Mas estão inventando um monte de coisas sobre a sua pessoa. Mas não se preocupe, mesmo assim sua popularidade anda crescendo. Assim como a reprodução humana que não para de crescer, por que será? Seria o aumento no valor do Bolsa Família? Quem sabe esse aumento na reprodução em mais alguns anos possa ser favorável, pois o número de habitantes aumentará e assim serão mais eleitores a votarem em você quando decidir novamente ser o líder da casa, já que esse mandato foi considerado melhor que o anterior e melhor que o de todos os tempos, segundo os confinados.

Seu lema era, “ninguém na casa podia passar fome”, esse povo minguado te agradece, serão sempre gratos. Agora eles estão satisfeitos, de barriga cheia, pois para alguns a fome já era, é zero.

Mas a briga foi feia, eu sei. Foram tantas provas do líder, não sei como não desistiu. Já disputou a liderança com Collor em 89, perdeu para Fernando Henrique em 94, de novo para esse ultimo em 98 e só conseguiu em 2002, derrotando o “brother” José Serra e repetiu à proeza em 2006, nesse ano a disputa foi marcante entre você, o Geraldo e a “sister” Heloísa Helena. Mesmo em meio a tantos escândalos e prevaricações, como propinas, compra de dossiês, esquema do mensalão e o golpe dos cartões corporativos, a sua popularidade não para de crescer, isso significa que você é um forte candidato.

Numa pesquisa realizada no mês passado seu reinado foi aprovado pela maioria dos moradores: 73% dessa grande casa está satisfeita com seu mandato. Isso significa querido “brother”, que você é confiável, que seu mandato está aprovado. Não se sabe muito bem quem opinou nessa pesquisa, talvez tenham sido os filhos do Bolsa Família, fazendo uma grande homenagem ao “Pai Lula”, mantenedor da casa.

Só queria abrir seus olhos. Afinal sei que tudo isso, não passa de intriga da oposição, pois você não tem tanta afinidade assim com seus concorrentes, e que aquelas reformas trabalhistas, tributárias e outras tão prometidas, ainda sairão do papel. Cuidado com esse ultimo paredão, antes da eliminação reveja alguns de seus atos, talvez ainda dê tempo de consertá-los. Outra coisa: continue levantando a bandeira da Paz, e, por favor, pelo resto de seu mandato, não deixe mais ninguém lançar bombas em nossa casa. Está ruim? Mas é nossa!


Cordialmente,
Uma sister preocupada

Um momento para relaxar

Roberta Krohling
Há uns dois anos, Dona Maria, acordava cedo, saía de sua casa, entrava no ônibus e seguia para o seu trabalho. Isso a irritava. Pois além de ter que encarar o ônibus lotado, com todos os tipos de pessoas, ela ainda tinha que encarar o trânsito de Vitória, que por sinal, já não era dos bons.

Quando as coisas melhoraram em sua vida, ela resolveu mudar seu meio de condução. Comprou um carro e começou a fazer parte do Clube dos Motoristas Estressados da Grande Vitória. Enfrentando o trânsito nosso de cada dia, Dona Maria pôde perceber o tamanho das burradas que são feitas diariamente e a capacidade que alguns motoristas têm de serem tão mal educados. Outra coisa que não passou despercebido são os transtornos causados, devido às diversas obras realizadas em toda Vitória.

Vitória se tornou um canteiro de obras, para todos os lados que olharmos, veremos um pouco de entulho aqui, uma caçamba de areia ali. Caminhões, tratores, tudo isso faz parte de uma bela vista que apreciamos todos os dias, no percurso de casa ao trabalho e vice versa. E ao invés de melhorar, parece que está piorando. Sem contar que resolveram fazer tudo de uma vez só. Fernando Ferrari, Orla e ponte de Camburi, Centro de Vitória, Grande Maruípe, o que estão fazendo com essa cidade? Se não bastasse afetar o trânsito de Vitória, essas reformas também atinge as também cidades vizinhas.

Em horário de pico, o motorista que sair da Serra com sentido a Vitória, por exemplo, tem que ter paciência, vai ser uma longa espera, talvez isso sirva para relaxar um pouco, pensar na vida, talvez sentir saudades de andar de ônibus. De ônibus dá até para tirar um cochilo, afinal, algo de bom essas reformas têm que trazer para a população.

O que não dá para entender é o porquê em certos locais, como a Avenida Fernando Ferrari, a pista se abre em três faixas e logo depois voltam a ser duas. Em frente ao portão principal da UFES, por exemplo, a pista toma forma de uma coisa estranha, tipo um funil, e esse é o motivo do engarrafamento que vem desde lá, do distante aeroporto, por onde já passamos há algum tempo. Já quebraram a nossa passarela, tão conhecida e freqüentada, desapropriaram alguns estabelecimentos e a confusão continua.

E o pior é que não tem para onde correr. Imagine se algum carro esbarra em outro bem ali na boca do funil. O trânsito não vai andar lento como está sendo hoje, ele simplesmente vai parar. Se alguém bater não tem para onde levar, vai ficar ali, parado, esperando um agente de trânsito, talvez um guincho, mas por onde é que eles vão passar para chegar mais rápido ao local? Enfim, Vitória vai parar.

Que Vitória é uma ilha, todo mundo sabe. Acho que quem não sabe disso é a prefeitura e o governo. Vitória não tem como crescer, só se for para cima, mesmo assim depende de toda uma estrutura. Tudo isso, depende de um planejamento melhor, ou então vamos viver nessa ilusão de um dia poder andar tranqüilo na Grande Vitória. Se vai melhorar, ainda não sabemos, mas é o que esperamos. Que tal seguirmos o exemplo do Japão e outros países? Ir ao trabalho, à escola, ao cinema, ao supermercado de bicicleta, fazer tudo de bicicleta, vai ser mais saudável e ajudaria a aliviar o trânsito e o estresse de muita gente.

Pensando bem, isso não será possível, pois Vitória nem tem mais espaço para nada, nem para fazer ciclovias e acostamentos. O jeito é esperar mesmo. Quem sabe mais algum tempinho. Algumas horas no trânsito.

Apenas 15 segundos


Roberta Krohling
Minutos antes de sentar para escrever este texto eu não tinha a menor idéia do que escrever. Por muito tempo pensei. Sempre quis escrever alguma coisa sobre a minha vida, mas não sabia como e nem por onde começar. Fui pensando, pensando... Desisti e fui assistir televisão. Antes não tivesse parado de pensar.

Sem ter nada para fazer, a não ser o texto, continuei assistindo televisão, e só então me deparei com um novo quadro de um programa que me chamou a atenção. O quadro se chama “Conte sua vida em apenas 15 segundos”, em que artistas, celebridades e anônimos eram desafiados a contar em alguns segundos suas histórias de vida. Uns conseguiram, outros não.

Isso me chamou a atenção. Não por terem conseguido ou não, e sim como cada um contou a sua história de vida. Comecei a pensar na minha vida e se eu conseguiria contá-la nesse mesmo intervalo de tempo. Eu acreditei que não, não por ter tanta coisa assim para ser contada, e sim por não saber por onde começar, afinal em minha vida, como na de qualquer outra pessoa, existem momentos que gostaríamos de contar, assim como existem tantos outros que gostaríamos de esquecer, e que com certeza não daria para contá-los nesse pequeno tempo. Então, ao invés de falar, resolvi escrever. Talvez, quem for ler esse texto não conseguirá ler em apenas 15 segundos, mas vou tentar ser breve.

Por favor, comecem a contar a partir de agora.
Minha história se resume em acordar cedo, por volta das sete horas da manhã, tomar meu banho, me arrumar, ligar minha moto e seguir para o meu trabalho, onde fico durante oito horas. Após esse tempo de serviço, sigo a caminho da faculdade, que é o mesmo para a minha casa, apenas um pouco mais perto. Ora paro e fico de uma vez para a aula, ora passo direto e vou em casa, tomar um banho, tomar café da tarde e só assim seguir de volta à faculdade.

Depois da grande façanha de assistir a todas as aulas, volto para casa. Chegando por volta da 11 horas da noite, tomo outro banho, como alguma coisa e vou dormir. Mas antes de dormir tenho que ler um pouco, não tem jeito, é um vício. Uns dizem que gostam de ler antes de dormir, porque ajuda a “pegar” no sono, outros que perdem o sono. Eu não. Eu simplesmente adoro ler.

Bom, aqui acaba minha historia, não de uma vida, mas de um dia. Será que alguém conseguiu ler até aqui, em apenas 15 segundos? Não sei, eu li e consegui. Eu sei que esse não era o objetivo do programa, pois no quadro a pessoa tinha que falar e aqui eu escrevi. Esse desafio veio a calhar e me fazer pensar na vida, na minha, nas que me cercam, daqueles que estão longe, dos que precisam. Durante todo o quadro, as pessoas falavam com um tom de graça, rindo, brincando com o tempo. Como eu já disse, uns conseguiram e outros não, aqueles que não conseguiam eram cortados pela edição, mas com certeza continuavam rindo.

Eu, você que está lendo, quem está ao meu lado agora, com certeza também brincaria, assim como brincaram no programa. Mas será que alguém conseguiria fazer com que uma pessoa que sofre muito, que passa por necessidades, contasse sobre a sua vida nesse pequeno tempo. Acho que não. Ou então, conseguiriam sim, talvez para pedir ajuda, para pedir: “por favor façam alguma coisa por mim”.

Talvez fosse melhor se o programa mudasse o nome do quadro, seria mais útil perguntar o que podemos fazer para melhorar a vida das pessoas em 15 “minutos”? Se num pequeno tempo de 15 segundos, algumas pessoas conseguiram falar de forma engraçada sobre suas vidas e algumas delas fizeram isso muito bem. O que diriam essas mesmas pessoas se fosse perguntado o que fazer para ajudar o outro em 15 minutos? E se também fosse dada a oportunidade das pessoas contarem o que precisam, tenho certeza que alguma coisa de útil poderia ser feita. É hora de pensar.

A confusão está armada

Roberta Krohling
A confusão, realmente, está armada. De um lado, a igreja tentando se defender, dando explicações sobre os noticiados “novos pecados capitais”, cuja invenção, ainda não sabemos quem é o autor. Do outro, fiéis que ainda não conseguiram entender nada sobre o assunto, e os incrédulos, metendo lenha na Igreja Católica. Afinal, será que realmente existem novos pecados capitais?

Em primeiro lugar não podemos deixar de lembrar e citar os atuais pecados capitais, que são: soberba, ganância, luxúria, ira, gula, preguiça e inveja. Esses são os verdadeiros pecados capitais, pecados individuais, com castigos individuais. Quem os cometer, que se responsabilize. Mas também são pecados que podem gerar muitos outros tipos de transgressões. Foi nesse contexto que a Igreja Católica, preocupada com o pequeno número de fiéis que procuram a mesma para se confessar, realizou um curso de atualização para sacerdotes sobre o sacramento da confissão, enfatizando alguns atos pecaminosos da era moderna, gerados pela globalização. São atitudes do mundo moderno sim, mas que não deixam de aparecer, mesmo que mascarados, nos pecados citados anteriormente.
Em segundo, quem foi que disse que existem novos pecados capitais? De onde tiraram essa idéia? Será que entenderam direito o que o pobre do Arcebispo quis dizer sobre os pecados capitais? Claro que não, em nenhum momento ele falou em “pecados capitais”. A mídia como sempre, com seu dedinho de culpa. Sempre distorcendo as coisas, fazendo barulho por qualquer motivo, ainda mais quando se referem a Igreja Católica, ou melhor, a qualquer religião.

Chegaram a citar coisas do tipo: “Tribunal do vaticano anuncia novos pecados”, ou então: “Os novos pecados capitais”, e ainda teve até quem disse: “sai a nova lista dos pecados mortais”, esses “mortais” foi demais. É fácil achar na internet, nos jornais e nas revistas, alguém declarando que isso tudo é um abuso do catolicismo, que estão passando por cima das escrituras bíblicas.

Ao falar sobre o uso de drogas, as desigualdades sociais, as ofensas ecológicas e as pesquisas genéticas, o Arcebispo não estava citando novos pecados, e sim, algumas regras de boa convivência, para que se possa formar um mundo melhor. O que a Igreja pretende é conscientizar as pessoas para novos tipos de responsabilidades, chamar a atenção sim, deixar mais claro a gravidade deles.

Os pecados capitais são só sete e não vão deixar de sê-los, podem ficar tranqüilos. A referência que fez a ecologia, drogas, entre outros, são exemplos que cabem dentro da verdadeira lista de pecados capitais. Esses “novos pecados”, como estão dizendo por ai, têm uma dimensão que vai além do individualismo, deixando de ser uma questão apenas pessoal, passando a ser também social, pois ferem a natureza do homem e atentam contra a solidariedade humana.

Concordo quando dizem, que tudo que foi dito sobre preservação do meio ambiente; o uso de drogas e a pobreza que assola o mundo, não passam de senso comum, e que são práticas bastante comuns nos dias de hoje, todo mundo também já sabe disso. Agora, dizer que tudo isso é uma banalidade, que não passa de um ato abusivo da igreja, isso também é brincadeira. É brincar com quem está quieto. Seria melhor se a Igreja nem precisasse se meter nesse assunto. Vamos estudar o caso primeiro antes de sair falando asneira por ai.

Em nenhum momento foi dito que quem cometer alguns desses delitos irá queimar no mármore do inferno, nem morrer na forca ou na guilhotina, e nem ser queimado em fogueiras ou até mesmo ser condenado à pena de morte. Mas, que já tem neguinho preocupado com os seus pecados e respectivos castigos, ah... Isso sem dúvida. Podem ter certeza de que a procura pelo confessionário foi maior depois desse alarme feito pelos meios de comunicação. Alguns com medo de não conseguirem garantir um pedacinho lá no céu, já correram a procura de seu sacerdote para se redimirem. Mas muita calma nessa hora, não há necessidade de tanta pressa assim. Segundo o monsenhor Giancofranco Girotti, responsável pela Cúria Romana, cada um de nós tem até vinte dias após cada ato ilícito, para se arrepender e pedir perdão, ou então, o que é melhor ainda, procuremos subir o Convento da Penha, confessar e fazer algumas orações, durante a Festa da Penha, que seus pecados poderão ser aliviados